Nós, da equipe do Vontade & Luta, apoiamos, distribuímos e publicamos fanzines. Porém, escrevo este artigo sob minha perspectiva.
Desde 1991, quando publiquei meu primeiro fanzine - Insurreição Libertária - acompanho esta mídia com maior afinco e, com o avanço de décadas e, até de século, vejo como esta transformou-se, graças às inovações tecnológicas. Não desprezo fanzines editados como arquivos em .pdf, não recuso envios, leio e imprimo. Reconheço que recursos como este auxiliam a distribuição e difusão de trabalhos independentes mas, como um homem do "mundo antigo" e, parafraseando concepções de Foucault sobre a idoneidade da informação (quando a credibilidade da palavra caiu diante da escrita, no mundo grego), rompi minhas restrições quanto à esta forma de confeccionar fanzines em formato digital. Mas, saudosista e tradicionalista, ainda reforço meu apoio e valorização da imprensa alternativa quando alguns editores permanecem publicando tanto na antiga máquina de fotocopiar quanto em gráficas. E os fanzines não apenas possuem uma função meramente informativa, como artística! Observem suas diagramações! Quantas ocasiões não detivemos nossos olhares em páginas que, em nossas formações culturais, não correspondessem com nosso imaginário? A experiência de uma leitura em papéis ou digitais possuem apreensões diversas. Creio que gerações... porque nossa arte, pelo que vejo, viverá enquanto contraculturas (skins e punks, em nossa realidade) existirem. Leia, distribua e FAÇA fanzines!
Pierre - Vontade & Luta Oi!blogzine e Honor Ferox
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