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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Entrevista: Maraboots (banda) - Paris/França

Retornado às nossas entrevistas que, graças a dificuldades e responsabilidades, sofreram algum atraso. Apresento esta banda que, para aficionados pelo Oi! e punk francês da década de 80, mantém viva e rígida a tradição de suas ancestrais influências! Para uma banda que, em sua primeira demo-CD oficial, conquista novos ouvintes e, inclusive, cativa veteranos como eu, com sua fiel sonoridade. Um bate-papo com esta nova e fascinante banda! Confiram!
Atenção: as respostas, elaboradas pela banda, não foram traduzidas pela equipe do V&L, mas fizemos questão de colocar o texto no português dos membros da banda!

Vontade & Luta) A banda é bastante nova. E o som lembra, literalmente, clássicos do Oi! francês como L´Infantarie Sauvage e Herberts. Conte-nos, além das informações contidas em seu perfil, como nasceu Maraboots.

Maraboots) Vai fazer um pouco mais de um ano que o grupo existe, mas o nosso amor de Oi! Francês 80's tem sido sempre (risos). A pequena história da formação do grupo foi no final de 2009, fomos para a Alemanha para ver a reforma do 4 skins, eles tocaram com o "Evil Conduct". Nós estivemos tão decepcionado que no caminho de volta, para risos, nos havia prometido fazer um grupo que seria melhor do que a reforma do 4 skins (risos). Também queria reviver o espírito do Oi! 80's, que está sendo perdido em Paris. Queríamos um grupo que cantava em francês, com um som ruim e, claro, as bandas que nós somos inspirados foram Herberts, Anti-patik, L'infanterie sauvage, RAS, Camera Silens, clássicos do Oi! Francês!

V&L) Algumas letras chamaram-me a atenção através dos títulos, pois entendo pouco francês. A música “2012” seria uma sátira a paranóia de catástrofes?

M) Sim, claro, alguns vêem a música "2012" como um hino de ecologia, mas na verdade é uma grande piada! Nós escrevemos essa música depois do filme (a merda que este filme) e quando toda a imprensa começou a falar do fim do mundo. Nós achamos isso super engraçado fingir que também acreditam em (risos). Os skinheads tem medo do fim do mundo? Não! Porque nós simplesmente não se importam! Nós vivemos nossas vidas, e se acaba assim, tanto melhor! Nós morremos jovens e todos esses idiotas vão morrer connosco! hahahahaOutras músicas da demo falar de ser skinhead anti-racista, em Paris, de todos os problemas que poderia causar, mas também o orgulho que sentiu a ser skinhead de qualquer maneira. Há também a primeira música (PPDHalles) é ainda mais engraçado que "2012" se você entender francês. Tentamos fazer crer que Patrick Poivre d'Arvor (Este é um apresentador de TV conhecido) foi um dos primeiros skinheads em Paris, como têm sido muitas as pessoas realmente famoso na França hoje (Pierpoljak, Axel Bauer etc ...). Então, fizemos uma fotomontagem na capa com a cabeça de PPDA (Patrick Poivre d'Arvor) vestido de skinhead, com uma pequena cruz tatuada na testa e posando em frente ao chafariz de inocentes (local de encontro de skinheads em Paris anos 80).



V&L) Já que em suas músicas tem saxofone, senti a falta de uma canção de ska. Além das músicas contidas em seu trabalho, alguma neste ritmo?

M) Não, nós tocamos mal para tocar ska! Hahahaha! No momento, basta fazer o mais básico possível, um dia talvez venhamos a fazer uma música ska / oi! mas um saxophone não é suficiente, é preciso talento!

V&L) Vocês tem uma postura anti-racista. Existe algum envolvimento com política? Vejo o combate a esta prática como uma postura política. Alguma filiação ideológica? Como vêem isto?

M) O nosso grupo é apolítico e anti-racista. Nós não queremos misturar a política com o movimento skinhead, e nós não queremos skinhead com visões extremistas políticos. Esta não é uma posição política é uma posição de skinhead tradicional.

V&L) Gig fora da França? E como foram? Consideram fácil tocar pela Europa, para uma banda independente?

M) Não tocamos até agora fora da França, porque como você diz ainda somos uma banda nova, mas logo com certeza! Para um grupo francês que canta em francês, é muito difícil tocar fora de França, porque as pessoas não entendem as letras de nossas músicas. Felizmente a Suíça, Luxemburgo e Bélgica, onde as pessoas falam francês, grupos franceses tocam em geral nesses países, mas é muito difícil para um grupo francês a tocar fora das fronteiras. E, como em França não há muitos concertos, é apenas duro! Mas não era para se queixar, todos os nossos shows foram ótimos e nós agradecemos a todos que se muda para organizar!


V&L) Os encartes da demo são muito bem elaborados. Quais inspirações para esta produção?

M) Mesmo que seja uma demo, queríamos fazer algo limpo, nos lançamos a demo com uma caixa e um livreto agradável. A recompensa para nós é que 200 exemplares foram vendidos muito rapidamente! Fazendo um grande trabalho que paga! Estamos muito orgulhosos desta demo.

V&L) Parece que há um brasileiro na banda ou na crew de vocês. Como aconteceu este encontro? Consideram o português uma língua fácil de compreensão para franceses? Pois são línguas irmãs!

M) A namorada de Mathieu (baixista), Nina, é do Brasil, mas vive em Paris e tem dupla nacionalidade. Para mim, como eu falo espanhol também, eu quase consegui entender tudo em sua entrevista, mas não falam Português, ele não se parece com o francês.

V&L) E como está a cena em Paris?

M) A cena em Paris é menor do que no início dos anos 2000, mas eu sinto que ela está saindo, as pessoas se dão ao trabalho de trazer bons grupos estrangeiros, os grupos são formados e são todas boas escolhas uns aos outros. Infelizmente, há uma série de lutas em Paris, que dividem a cena, eles de natureza política ou pessoal ... Isso é lamentável, jà somos muito não mais se discutir, não vamos longe. Mas é bom assim, os skinheads ainda estão sendo confundidos por uma coisa ou outra, quem se importa, sobretudo, nos não queremos que a cena morre... Quando você vai para a Alemanha ou Espanha, há skinheads tantas vezes disseram que já está morto ... Mas nós continuamos a acreditar!

V&L) Previsão para um novo trabalho?

Eu ia dizer a vocês que nós, normalmente lançar um álbum em 45 rpm UVPR (http://benjamos.free.fr/) que nos vamos gravar no final do ano ou janeiro. Haverá músicas novas mas também vamos regravar músicas da demo. Nível de shows que temos planejado concertos em França e Espanha, esperamos gigar muito em 2011!


V&L) Por favor, suas palavras finais aos leitores do Vontade & Luta.

M) Esperamos um dia vir tocar no Brasil e, claro, parece haver um monte de gente! Se você vier a Paris, não hesite em contactar-nos no nosso myspace vai ser um prazer ter uma bebida com pessoas brasileiras! Especialmente manter a fé, cuspir sobre política e racistas! Stay SHARP!

V&L) Obrigado!

M) Obrigado Pierre por esta entrevista!

Aqui, adquira o primeiro trabalho dos Maraboots!

http://www.mediafire.com/?ywlvfomr84idsld

Endereço para contatos: www.myspace.com/maraboots

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