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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Como descobri Nietzsche


Aos 16, terminava o Fundamental, participava da cena punk carioca publicando fanzines (na época, o "Insurreição Libertária") e, através de meu pai e um amigo dele, participava de alguns estudos sobre Marx e marxismos.
Minha carga de leitura era extensa e variada. Desde Alexandre Herculano e seu Presbítero até Bakunin e suas concepções de uma fraternidade internacional revolucionária.
O Brasil atravessava um momento bem inóspito (como sempre fora) e estávamos sob o governo de Collor (primeiro presidente civil eleito após um grande hiato militar). E, como qualquer governo, este apresentava-se como mais um protetor dos interesses das elites nacionais.
E numa época deprimente como esta, descubro duas leituras que marcariam fortemente meu pensar e manifestar: na literatura, descubro Camus e na filosofia, o sujeito retratado.
Pretendo deter-me na descoberta de Nietzsche.
Este amigo de meu pai, em mais um dia de polemizações, debates e reflexões, com imensa sinceriade recomendou que eu conhecesse Nietzsche, pois acreditava que eu me identificaria com suas declarações.
Levei o pocket para casa, deitei meus olhos e, como se uma bruma surgisse para que adentrasse em uma outra atmosfera, senti uma forte necessidade de imergir em sua obra. Anos arrastaram-se e, após inúmeras experiências e contatos com outros pensamentos e concepções, Nietzsche permanece um filopoeta que dialoga comigo. Uma espécie de professor que, as vezes, tenho que me indispor com ele! Deixo aqui este livro, seu escrito mais conhecido - "O Nascimento da Tragédia".

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