sábado, 9 de abril de 2011

Scene report: Portugal Oi! e punk!

Finalmente disponibilizamos notícias de nossos irmãos portugueses! Orgulhosamente, através das palavras de Marion Cobretti, desvendamos uma das menores e mais resistentes cenas mundiais. Com imensa satisfação, esperamos estreitar cada vez mais laços com esta cena! Abaixo, texto de Cobretti sobre sua cena.

Incumbiram-me da tarefa de escrever sobre a cena Oi! Streetpunk em Portugal, o convite partiu do meu amigo Pierre do blogue Vontade & Luta. A tarefa não é difícil pois esta cena em Portugal até há uns anos atrás limitava-se aos Mata-Ratos.

Subcaos - crustcore violento e veterano!

Hoje em dia, existem mais algumas bandas ligadas ao movimento Oi! Streetpunk, há uns anos atrás em 2005, houve a minha banda, os Clockwork Boys, que mais tarde, assumiria outros rumos musicais, nunca descartando totalmente a cena musical Oi! ou Streetpunk, e depois vieram outras bandas, sempre com membros dessa minha banda nos “line-ups”, como é o caso dos Facção Opposta ou dos Gume. Todas estas bandas têm discos editados, mas normalmente quem os edita, são editoras da Espanha, porque em Portugal o cenário Oi! é inexpressivo. Também podem encontrar myspaces de todas estas bandas, é fácil de encontrar.

Facção Opposta - o impacto Oi! lusitano.

No canal do Youtube também circulam alguns vídeos destas bandas e valem a pena ver. Todas as bandas que eu mencionei nas linhas anteriores são de Lisboa, e mostram algum orgulho nisso, sobretudo nas suas letras. Ao nível de concertos, existem muito poucos, e estas bandas raramente tocam ao vivo, talvez por falta de interesse das organizadoras de concertos. É importante referir que em Portugal a cena musical descambou de tal maneira, que temos pouco ou nada de interessante, para ir ver ao vivo num concerto durante o ano inteiro. Existem mais algumas bandas de qualidade como os Blind Alley Dogs, que praticam um som bastante poderoso e mais influenciado pelas bandas britânicas dos anos 80.

Parkinsons - portugueses incendiando London!

Estas são as bandas que eu conheço que estão mais directamente relacionadas com a cena musical Oi! ou Streetpunk. Agora vou falar da cena musical Punk, também ela pobrezinha, mas com alguns projectos de qualidade. Houve algumas bandas boas por aqui, tivemos no passado bandas como os The Youths (Rip) ou os Parkinsons(Rip),Les Baton Rouge nos anos 90 os Inkriminados (Rip), Speedtrack(Rip) ou ainda os M.a.d. (Mau Aspecto Demais),Subcaos(rip), Rolls Rockers(Rip), Tédio Boys(Rip),No Counts (Rip), Farrapos(Rip), e nos tempos mais actuais, uma grande banda chamada Legion of the Sadists, que editou um vinyl LP ainda sob o nome de apenas The Sadists intitulado «A Ira da Corrente», que se tornou um grande clássico do punk.

Clockwork Boys - uma das atuais revelações do punk-rock lisboeta!

Havia os Bruto and The Cannibals (Rip), cujo som lembrava Stooges com grandes doses de rock n´roll, não fosse o vocalista o Jorge Bruto, também vocalista dos conhecidíssimos Capitão Fantasma.
Temos ainda algumas bandas mais viradas para as sonoridades punk ou rock n´roll na cidade do Porto, tais como Eskizofrénicos ou Motornoise, e também no Alentejo bandas como Sleaze Demons ou Avô Varejeira.

Membros da banda Gume e skins portugueses.

Mas como tudo o que é bom acaba, a maioria das nossas boas bandas de punk acabaram por terminar actividade. E vamos vivendo na era digital, as editoras também terminam quase sempre por encerrar actividade. O punk em Portugal nunca teve grande repercussão, essa é a grande verdade.
Fica ao menos a satisfação de termos tido algumas bandas de qualidade. Podem visitar o blogue Rock das Cadeias, que ficam a conhecer o que de mais interessante se fez em Portugal.

Marion Cobretti ( Clockwork Boys & Legion of the Sadists)

Autor do blogue Rock das Cadeias: www.rockdascadeias.blogspot.com

Visitem o perfil dos Clockwork Boys: www.myspace.com/clockworkboys

3 comentários:

  1. marion podias ter falado muito mais sobre o Punk e HC nacional ter dado uma review rapida pela cena 78-82 punk-powerpop (Aqui del Rock, Faiscas, Minas e Armadilhas, Xutos, Grupo Parmalentar, Speeds, Vodka Laranja...) podias ter falado um pouco dos classicos 80's (mata ratos dispensam apresentaçoes mas que tal crise total, vomito, ku de judas, n.a.m., grito final)...e a cena 90's hc-crust houve tanta banda...os GUME nao foram editadops por labels portuguesas? Porque dizer que sao os espanhois somente? Eu nao editei NO COUNTS, SUBCAOS e SADISTS? Serao as minhas labels fantasmas? O trabalho esta incompleto, da proxima perde mais tempo pois o cenario que pintaste e pior que a realidade embora a nossa realidade nunca fosse por ir alem...abraço XICO

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  2. Peço desculpa por não ter referido que existem alguns amigos que ainda editam alguma coisa aqui em Portugal. SUBCAOS,SADISTS, NO COUNTS, E MAIS UMA OU OUTRA BANDA... O LP DOS SADISTS SAÍU COM A AJUDA E COLABORAÇÃO DE UM ESTÚDIO DE TATUAGENS.
    O VOCALISTA DOS SUBCAOS EDITAVA BOAS BANDAS ANTIGAMENTE ( EDITOU O SPLIT CD DE UMA BOA BANDA QUE NÃO EXISTE MAIS, QUE ERAM OS WE WERE WOLVES)
    FIZ A REPORTAGEM UM BOCADO À PRESSA, MAS A VERDADE É QUE AINDA EXISTE UM PEQUENO GRUPO DE AMIGOS MEUS DE ANTIGAMENTE QUE VÃO EDITANDO UMA OU OUTRA BANDA ENTRE ELES.

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  3. Este texto está BASTANTE incompleto...
    Faltam aqui muitas bandas e muitas editoras...
    Concordo com o Xico rodrigo.
    Não só o xico edita, ou a Your Poison, a Can I Say, a Infected, Raging Planet...
    Estás a esquecer a minha Zerowork Recs (não sei se propositadamente) que inclusive editou Clockwork Boys - não foram os espanhóis- entre outras coisas inclusive a nivel internacional como o novo de Keltoi! e já que estamos num blog brasileiro o split dos portugueses Albert Fish com os brasileiros Garotos Podres.
    Abraços
    Rattus

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